quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Segundo capítulo - Richard

O blog não deixou publicar tudo de uma vez. Farei em capítulos. Desculpe! É um pouquinho longo...



Essa é a porta de entrada. Toquei o interfone, nos falamos e ele abriu a porta. Nesse momento desliguei a câmera. Fiquei com vergonha de chegar a casa dele como se fosse uma diretora de reality show. Desci uma escada e cheguei a uma grande varanda, que era também o acesso aos apartamentos. Essa é a vista da varanda.



Começamos a conversar sobre a performance, ainda na varanda, sabendo que aquele encontro já era a própria. Comecei então a registrar tudo com a minha câmera. Durante três horas, esqueci todos os meus compromissos, todos os telefonemas, todos os emails e mensagens de facebook que tinha que ler e mandar, todas as aulas que tinha que planejar, todos os livros e textos para o mestrado que ainda não havia lido, todos os projetos que tinha que escrever para os editais, e fui, na chuva, com Richard e a câmera, comprar coisas para a festinha de dia das crianças da Antônia. Naquele dia ela ia receber na sua casa 14 coleguinhas de turma da sua escola. Essa é a Antônia.



Subimos a rua Aarão Reis e cumprimentamos cada morador de Santa, todos conhecidos do Richard. Fui apresentada ao senhorio do casarão, ao capoeirista vizinho, ao professor de matemática, ao dono do boteco. Falamos que Santa Teresa tem isso de peculiar. Em qualquer outro bairro o tempo não transcorre com essa calma.

O trajeto não era curto. Eu que estou acostumada a só andar na velocidade da bicicleta ou do carro achei um pouco demorada a nossa caminhada até o mercado. No dia-a-dia queremos sempre otimizar o tempo e nessa de correr contra o tempo é que perdemos todo o tempo.



Ia colar aqui todo o trajeto, mas teria que colar pelo menos umas 15 fotos. Ou talvez o caminho não fosse tão longo, mas como estava presente, atenta ao Richard, o tempo me permitiu estar nele. No caminho conversamos sobre teatro, sobre os dois monólogos dele: um a partir da Ilíada e o outro um recorte dos Sertões do Euclides da Cunha. Também falamos sobre a festa da Antônia e sobre mim. Chegamos ao mercado e, às 12:00 de uma terça-feira, não sabemos por quê, o mercado estava fechado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário