quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Troca de Felicidade - 1a. Performance.


Essa atividade foi idealizada e realizada conjuntamente por mim - Ana Borges - e a Débora Salem. O ponto de partida foi um "brainstorm", mais nutrido pela Débora que por mim, uma vez que em se tratando da minha primeira experiência nesse campo, tudo era novo, diferente e as idéias em relação ao que fazer, como fazer, e de onde partir, me eram, até então, bem abstratas e frágeis. Apostei na consolidada experiência da Débora, listamos alguns temas e ela trouxe uma reflexão sobre a felicidade, a busca das pessoas pela felicidade (muitas vezes de maneira equivocada e sem sentido) e as "pílulas de felicidade" - termo usado pela Débora - criadas pelo mercado, pelas áreas de marketing, disponíveis em abundância no comércio para resolver os problemas e transformar qualquer pessoa em um ser feliz. Está triste? Tome pílula A. Está angustiado? Pílula B. Pele ressecou? Pílula C. O namorado ou marido a traiu? Pílulas D e E e em três dias tudo estará resolvido. Fora do peso? Pílula F. E por aí vai. Qualquer problema pode ser facilmente resolvido, por algum remédio, disponível no mercado para esse fim, e rapidamente, no melhor estilo tabajara, os seus problemas acabaram!

A partir dessa provocação, começamos a discutir a questão da felicidade e surgiu uma curiosidade sobre o que seria felicidade para as pessoas. O que elas entendem por isso e quais os momentos que elas identificam, em suas vidas, como momentos felizes. Foi então que surgiu a idéia de buscar essas informações na rua, pedindo a pessoas que nos contassem histórias de felicidade. Desse ponto surgiu então a pergunta: tudo bem, mas o que elas ganham com isso? E foi nesse ponto que veio a idéia de oferecer a elas alguma coisa (mais tarde definimos que seria um pedaço de bolo de chocolate) em troca da história que elas nos contariam.

A ação foi implementada numa manhã de domingo, na Praça San Salvador, em Laranjeiras. Foram abordadas dez pessoas com perfis os mais variados: homens, mulheres, jovens, idosos, loiros, morenos, de diferentes classes sociais. As histórias relatadas pelos entrevistados - e vinculadas por eles à felicidade ou à interpretação que fazem dela - variaram desde a chegada de um filho ou neto, passando pelo sucesso da filha no vestibular, uma carona inesperada em um momento adverso e pelas lembranças da vida em família citadas por um morador de rua.

A atividade foi registrada em vídeo: ora eu conduzia a entrevista e a Débora gravava, ora invertíamos os papéis.

Anexo tentarei colocar a imagem da folha com a receita do bolo e o link para algumas das entrevistas. Vamos ver se consigo! Estou me sentido feliz por ter chegado até esse ponto do blog.

http://youtu.be/1Td6LArwp34

http://youtu.be/sRk8hcGb3mI

http://youtu.be/KYZtMiInChI

http://youtu.be/XJzdCJEJTOc


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Deleite Gastronômico - Um jantar de sentidos ampliados - 3a. Performance.

Essa performance está planejada, desenhada e acordada mas, em função de agenda de saúde de uma das partes, sua implementação está em stand by. Há a possibilidade de ser realizada ainda em dezembro mas depende da convalescença do segundo participante. Esta é a ação que envolve uma pessoa sem experiência prévia com performance.

Perfil do participante: homem, engenheiro e professor, 55 anos.

A idéia surgiu de interação entre os participantes. No início de novembro, após uma seqüência de tentativas malogradas de contato e dificuldades nas agendas, conseguimos finalmente marcar um café e nos conhecermos pessoalmente para construir o que poderia ser feito.

Da experiência adquirida em minha longa e consolidada vida como performer - duas ações até agora, realizadas nessa disciplina - procurei conduzir a conversa para entender quais eram as expectativas do meu parceiro nesse projeto, quais as suas áreas de interesse, quais pontos poderiam convergir entre o que ele expunha e o que me atrai e motiva. Uma das questões colocadas por minha dupla foi o desejo de que o que fizéssemos trabalhasse com o maior número de sentidos possível: não apenas o visual, mas também o táctil, o auditivo, o gustativo e o olfativo. Não demorou muito para identificarmos a gastronomia como interesse comum e imediatamente me lembrei de algumas reportagens que li sobre um restaurante que oferece serviço "à cega", salvo engano, em Londres: o ambiente é totalmente escuro e o cliente não sabe o que vai comer. Ele tem que identificar os sabores apenas pelo paladar. Antes de definir o que será servido ao cliente, ele é consultado sobre eventuais alergias ou restrições a algum ingrediente para que esse, se for o caso, não lhe seja servido. A partir dessa convergência e dessa memória, fizemos um rápido desenho do que seria o roteiro dessa performance que será assim estruturada:

No de participantes: oito (quatro casais sendo que cada um de nós estará com seu parceiro e convidará um outro casal).

Data: a definir em função de agenda (se possível ainda em dezembro, se não em janeiro).

Local: minha casa, em Copacabana.

Premissa: quando os pratos forem servidos os convidados estarão com os olhos vendados e serão incentivados a identificar os ingredientes presentes nas receitas.

Afeto do paladar: no menu, meu parceiro fará o prato principal e eu farei a sobremesa. Já definimos o que queremos fazer e há um diálogo (regional e cultural) entre os ingredientes dos dois pratos. Serão servidos vinhos que harmonizam com os pratos.

Afeto da audição: haverá uma trilha sonora escolhida especialmente para acompanhar o jantar.

Afeto do olfato: estamos escolhendo aromas alinhados com o perfil do prato para ser pulverizado no ambiente

Afeto da visão: inicialmente será realizado pela composição/decoração da mesa e flores. Após o jantar, pelas fotos dos pratos e vídeo dos participantes enquanto apreciavam as receitas de olhos vendados.

Afeto do tato: pelo menos um dos ingredientes, in natura, será oferecido para que os participantes possam toca-lo - também de olhos vendados - e tentar descobrir do que se trata.

Tão logo tenhamos realizado, postarei fotos, vídeo, as respectivas receitas utilizadas bem como depoimentos dos participantes convidados.






Tecnologias - afeta e não produz afeto. 2a. Performance.

Esse segundo trabalho foi feito individualmente pois - infelizmente - eu e a minha dupla potencial não fomos bem sucedidos nas tentativas de conciliar agendas. De ambas as partes tivemos restrições, quando um podia o outro não tinha disponibilidade e vice-versa.

A idéia de tratar da presença e do efeito das tecnologias nas relações - e a não produção de afeto no sentido emotivo e afetivo da palavra - está vinculada aos meus estudos de doutorado no qual as discussões me torno da modernidade e pós-modernidade são centrais e autores como Richard Sennet, Zigmund Bauman, Lyotard e outros recorrente. Uma das reflexões que tenho levantado nessas leituras é o efeito das tecnologias e a forma como a quantidade de aparatos tecnológicos disponíveis invade nossas vidas e termina por nos distanciar das relações humanas diretas, assumindo papel de mediadores das mesmas, mesmo quando estamos fisicamente próximos. Em diversas situações, esses aparatos são barreiras de contato com o outro, mesmo em situação de proximidade: quantos almoços, cafés, conversas, encontros familiares, não são interrompidos e inviabilizados por uma chamada telefônica que deixa um dos interlocutores abandonado à própria sorte e pensamentos enquanto o outro opta / prioriza atender a uma chamada telefônica ou responder aos incontáveis e-mails ou mensagens de texto que seguem entrando em sua caixa e prendem sua atenção durante um encontro?

Para refletir essa situação minha proposta foi realizar um almoço com um amigo e medir quantas vezes o telefone tocaria por ambas as partes, quantas vezes a conversa seria interrompida e por quanto tempo, e avaliar o tempo útil que restou para a inter-locução durante o almoço de uma hora.

A ação foi realizada em Copacabana, no Bistrô Santa Satisfação, em horário de almoço (entre 13h e 14h), de uma quinta-feira.

No período de 1 hora, ambos os telefones tocaram 11 vezes: um deles três vezes e o outro oito. A diferença pode ser explicada pelas posições - e responsabilidades - de trabalho assumidas atualmente pelas partes. Do tempo de 1 hora, 40 minutos foram dedicados a atender telefonemas. Uma das partes ainda respondeu dois emails (o que tomou mais três minutos) e manteve-se atenta a todos os sinais emitidos pelos aparelhos de entrada de novas mensagens. Dessa forma, o tempo de interação restante ficou restrito a 17 minutos. Os assuntos foram discutidos de forma fragmentada e insuficiente. Ambas as partes saíram frustradas da experiência, com o desejo de ter mais tempo para interação, de poder conversar mais e com a sensação de muitos temas por explorar.







quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Afeto e silêncio - visita à exposiçao de Louise Bourgeois

Eu e Marcus Fritsh visitamos a exposiçao "O Retorno do Desejo Proibido", para pensar algo de performance e relaçao entre as pessoas, com o espaço e com obras artísticas dentro de um espaço mais "clássico "de arte visual e plástica. Em principio nos guiamos pela questao do afeto, de como um trabalho artístico afeta o "espectador", quais sao suas sensaçoes, referências, associaçoes; E decidimos perguntar a outras pessoas que estariam visitando a exposiçao. Também desejavamos perceber essa açao de falar com o outro neste tipo de exposiçao e sala de exposiçao, geralmente consagrado como lugar de nao-interaçao e silêncio. Após caminhar pela exposiçao e falar com algumas pessoas, perceber o silencio que ocupava todo aquele espaço, o lugar sacralizado da relaçao silenciosa com a obra de arte, Marcus sugeriu que pedissemos às pessoas para gravarmos o som do silencio delas diante de uma obra. E foi interessantissimo perceber as reaçoes no corpo de cada uma, perceber que as pessoas aceitavam, acompanhar um rapaz que aceitou e seguiu caminhando pela exposiçao, enquanto gravavamos seu silencio.
Segue abaixo o relato de duas conversas/entrevistas sobre os afetos, e em anexo algumas gravaçoes do silencio.


Entrevistei uma mulher e um homem.

Me apresentei, perguntei para moça como aquela obra a afetava, "Célula" é o nome da obra, e se compoe de três cabeças, cada uma com duas faces uma de cada lado. Uma cabeça para cima, e duas para baixo nas diagonais direita e esquerda da cabeça central, formando um triangulo. São revestidas com um tecido preto poroso, como uma meia calça arrastão. Essa figura está suspensa, dentro de um vidro retangular, e abaixo, dentro do vidro, estão 4 espelhos, um em cada canto do retângulo.

A moça respondeu que para ela aquela obra tem relação com o duplo. cada face tem outra atrás, e os espelhos nos permitem ver a outra face, e que é o duplo de inconsciente-consciente.Perguntei como que essa visão a afetava. Ela disse que no processo de criação dela como artista plástica ela lida com isso o tempo todo.

Depois, perguntei para o senhor que trabalha na exposição em relação á obra como um todo.
Ele: "Quando eu sou escalado para trabalhar aqui, eu tenho que fazer toda uma preparação para entrar nesse universo. Eu entro nesse universo. Aqui, esta sala por exemplo, é a sala do inconsciente, por isso essa luz baixa, esse ambiente nebuloso. Ali, aquela obra do arco da histeria, é bonita, dourada, mas ao mesmo tempo é uma figura agonizante. Uma senhora me questionou porque se chamava arco histérico, ja que ela imaginava que a histeria é algo mais assim (e fez um movimento do corpo mais escandaloso). E eu nao acho, essa escultura me lembra um bicho quando está para ser sacrificado. E se voce olhar bem, aqui desse lado, a figura nao tem um sexo muito bem definido, pode ser homem ou mulher, do outro lado já é mais suave, sinuoso. Eu nao gosto de ficar olhando muito, é muito profundo, olho assim no geral.

E assim ele seguiu falando de cada obra presente na sala.
Com a escultura do casal disposto um deitado em cima do outro, ele brincou: "Eu e meus colegas ficamos falando: - Pára, já está bom, já chega, né. O casal está ali junto, deitado, mas ao mesmo tempo, um está com a perna toda costurada, amputada, o outro com os braços atados.


http://soundcloud.com/marcus-fritsch/sil-ncio006-louise-bourgeois

http://soundcloud.com/marcus-fritsch/sil-ncio005-louise-bourgeois


http://soundcloud.com/marcus-fritsch/nota-de-voz004


http://soundcloud.com/marcus-fritsch/sil-ncio003-louise-bourgeois



http://soundcloud.com/marcus-fritsch/sil-ncio002-louise-bourgeois


http://soundcloud.com/marcus-fritsch/nota-de-voz001







obrigada a todos
Monica e Marcus


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DANIEL?



A partir da impossibilidade de me encontrar com o Daniel, sugestão da Claudia, optei por dar continuidade ao procedimento performático estabelecido com a Laura (primeiro trabalho para a disciplina). Portanto, com a mesma plaquinha ( com o nome e uma interrogação, assim: DANIEL?) e, praticamente, as mesmas "regras" do jogo, parti em busca de presentificar mais uma ausência. O ponto escolhido foi o mesmo: praia de Copacabana entre o Posto 5 e o Posto 6. A principal diferença entre o primeiro procedimento e este é que para além da placa com o nome eu não estava portanto a flor. Para além das conclusões e pensamentos    já relatados da primeira experiência, me detenho agora as semelhanças e diferenças. Foi maravilhoso perceber, mais uma vez, como a presença de um simples dispositivo gera estranheza e inquietude naqueles que passam e observam o ato performático. A mudança de posição é sutil, porém rápida. Ou seja: depois de sentado e com a plaquinha nas mãos e apoiada nas pernas, passo instantaneamente a ocupar outro lugar de relação com a cidade - deixo de ser um cidadão comum, em uma tarde de domingo, para ser um agente transformador do espaço que ocupo. Não sou mais um detalhe, sou o detalhe que aprisiona a visão de quem por mim passa. DANIEL? EU SOU O DANIEL! Disse o homem que passava com a namorada menos de dois minutos depois que eu havia sentado. MÃE, É O MEU NOME! Disse o garotinho, com o sorvete na mão, cutucando a barriga da mãe ocupada com o celular. POSSO TIRAR UMA FOTO? Perguntou a menina com um sotaque carregado do sul. Pode, eu respondi. Diferente do procedimento com LAURA?, DANIEL? não assumiu um caráter romântico ou depressivo... Na verdade, até agora não sei, de fato, se coube ao trabalho algum tipo de roupagem. Penso que a "perda" da dimensão romântica do encontro-ausente tenha se dado pela ausência da flor e toda a produção de sentido que ela carrega em nossa cultural ocidental. Outro palpite, que só pude formular comparando as fotos, diz respeito as roupas que vestia nos dois atos. Em LAURA? eu estava de preto... Já em DANIEL? usava uma blusa bastante colorida. Nas duas eu estava de óculos escuros para evitar o contato muito direto com os passantes e, de alguma forma, induzir a reação deles ao trabalho. A escolha das roupas não foi proposital. O trabalho tem como característica lidar também com o dia a dia, com a exposição do performer e suas escolhas. Para os dois trabalhos, me vesti de acordo com o meu sentimento e compromissos do dia. Maravilhoso acaso! DANIEL? foi então uma intervenção feliz, uma pergunta ao infinito, a propagação de um afeto quase como piada boa ou ironia fina. DANIEL? foi uma pedra no meio do caminho, um cd arranhado, a hora perdida e o passeio que furou. Foi balão voando, riso solto... HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ ESTÁ AQUI? Me perguntou um grupo de meninas que passavam e riam. Como no primeiro procedimento, permaneci na praia pouco mais do que uma hora. Trabalhar com a mesma quantidade de tempo foi fundamental para a diferenciação das experiências. Em LAURA? eu pensava em Laura, nas pessoas que passavam, no amor, nas críticas que recebi, na possibilidade de propagar um afeto, na dimensão do performar, na exposição do artista enquanto objeto, na produção de presença, na minha respiração, nas minhas mãos tensas e nas minhas pernas que trocaram muitas vezes de posição... Em DANIEL? eu não pensava em nada, ria muito, falava com as pessoas, quase como uma atração, um pedido de carinho, um pequeno e solitário número de palhaço. A repetição do ato me proporcionou mais conforto e, é claro, que isso também pode ter contribuído para a leveza atingida neste procedimento. Em oposição a LAURA? o assunto homossexualidade não foi tocado e nem sequer sugerido. O que podemos considerar demasiado curioso. Se a relação homoafetiva se dá entre duas pessoas do mesmo sexo, DANIEL? , poderia ter mais chances de despertar no imaginário dos passantes alguma situação relacionada a este tema ou discussão. Contrariando a logicidade, isso não ocorreu. Bom, são esses os pontos que julguei mais interessante relatar sobre a repetição de uma mesma proposta com pequenas modificações. Se alguém quiser fazer alguma pergunta ou quiser saber mais de algum detalhe, deixe um comentário aqui que eu tento responder. É isso.

RIO / CURITIBA - Conhecendo Cezar

Sortiei o Cezar para fazer a terceira performance. Enviei um email para contato, mas decidi que não gostaria de ter informações sobre ele até que soubessemos o que faríamos. Ele foi super solicito, e apenas me retornou a mensagem dizendo que estava a disposição e colocando o contato dele abaixo do nome. Vi que o ddd era 41. Ele era de Curitiba...
A partir daí, soube que teria que fazer algo a distância, e então juntei a fome com a vontade de comer... Estava estudando o conceito de situacionismo, e até então não haviam performances que se encaixassem nesse conceito dentre as que o pessoal postou...
Decidi propor ao Cezar um experimento que tivesse relação com as experiências dos situacionistas.
Já que eu não o conhecia, pedi para que me enviasse trajetos simples, possíveis de serem realizados a pé, para que eu pudesse conhecê-lo através dos lugares que ele frequentava. Ele me enviou as diretrizes de locais onde ele passeia, come e sai para tomar uma cerveja, em sua cidade, Curitiba.
A partir daí, sai de casa com as diretrizes, e fui em busca desses locais, para descobrir o Cezar aqui. Ou melhor, para descobrir uma experiência de cidade, que ele, lá de longe, me proporcionou aqui no Rio.

Trajeto 1 - Aonde o Cezar vai para comer a comida do Seu Majed.


Trajeto 2 - Aonde o Cezar vai para dar uma caminhada.


Trajeto 3 - Aonde o Cezar vai para tomar uma cerveja.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Jogo do minuto, O reinício.

segue o link do vídeo da Juliana, ela reiniciou o jogo ontem. Ela o fará durante 1 semana. Acompanhem os vídeos de 1 minuto postados por ela.

https://www.facebook.com/photo.php?v=312954588714852&cmntid=312956365381341&notif_t=comment_mention

Aqui embaixo segue a conversa que tivemos por facebook. Ela não pode dar continuidade ao primeiro momento do jogo, por isso, reiniciou.

    • Oi Juliana! Meu nome é Débora salem. Sou atriz e faço mestrado com um amigo seu, aliás com vários, vc é super conhecida naquele mestrado. rsrs. Mas o amigo em questão que te colocou nessa, foi o Elton. Desculpe invadir assim o seu facebook. É o seguinte, não sei se ele já te falou, estamos fazendo uma matéria de performance e eu te sorteei para performar comigo. Vc topa? Vc nem imagina o qto pensei nessa performance, tinha imaginado uma coisa, mas aí ficaria mto difícil de executar por agora...enfim. vou esperar sua resposta e te mando a performance. ok? vc gostaria de propor alguma coisa? alguma idéia que vc queira colocar em prática?? seria mto bacana tb. é isso, aguardo sua resposta, tá? um beijo e obrigada desde já

  • Débora Salem
    7 de Novembro
    Débora Salem
    • vou escrever logo o que eu pensei, sou mto ansiosa! rsrs. A idéia é: Eu vou te mandar uma lista de estímulos que eu gostaria que vc inserisse no seu dia. Ao final de cada dia, eu gostaria que vc gravasse um vídeo de no máximo 1 minuto me contando sobre esse dia. Na verdade o vídeo pode ser qq coisa. ele será um registro pra mim. Essa performance durará 1 semana. Eu tenho vontade de ampliá-la para mais pessoas, mas gostaria de primeiro começar com vc. Seria bacana que vc postasse esses vídeos ao fim de todos os dias no seu facebook. os estímulos eu te mando assim que vc ler, par vc não enlouquecer com tanta informação...rsrsrs.
      um beijo

  • Juliana Fayet
    7 de Novembro
    Juliana Fayet
    • oi, débora!
      gostei! topo fazer sim. Só preciso entender melhor qual é a proposta. E qual é o período? tá meio agitada essa semana, mas se não tiver problema com qualidade de vídeo... tudo bem.
      Mas se puder ser a partir da próxima, melhor ainda!
      E já to vendo q vc tem algo em comum comigo alem do Elton: sou super ansiosa! manda, manda!
      bjbj

  • Débora Salem
    8 de Novembro
    Débora Salem
    • hahahaha
      Que maravilha! Me dá seu cel? acho que consigo explicar melhor falando. Qto a questão de tempo, acho que isso não vai interferir muito não. Pq os estímulos que eu vou mandar são para vc confrontá-los com o seu dia, não precisa tirar um tempo para faze-los , o interessante é que vc os acople na sua vida, da maneira que ela está. Os vídeos são qq coisa que vc acredita que seja um relato durante 1 minuto ao fim do dia . Durante uma semana. É qse uma reza antes de dormimr..rs. não precisa se preocupar com qualidade não, relaxa, o o negócio é faze4r o vídeo e coloca-lo no face.ó, já que estamos ansiosas, esse é o meu cel: 78903551 e 32818805. Me liga a qq hora! um beijo e obrigada!

  • Débora Salem
    8 de Novembro
    Débora Salem
    • te amndei por email, mas como sou ansiosa, mandei por aqui tb!

  • Débora Salem
    8 de Novembro
    Débora Salem
    • Oi Juliana! Seguem aqui os estímulos para vc.

      1. Ao acordar, espriguiçar-se por 1 minuto

      2. As 11 horas da manhã, cantarolar (ou cantar) uma música por 1 minuto.

      3. As 15 e 30 hrs, massagear o próprio corpo por 1 minuto

      4. As 18 hrs inspirar e expirar durante um minuto, prestando atenção na respiração.

      5. Durante o dia inteiro, é importante que vc olhe as pessoas nos olhos . No metrô, no carro. O ideal é que vc não seja a primeira pessoa a desviar o olhar.

      6. As 20:30 hrs rir durante 1 minuto.

      7. Ligar para alguém que vc goste e dizer isso a ela. (que vc gosta dela. Falar sobre esse assunto por pelo menos 1 minuto)(sem dizer da performance, aliás é importante que vc não conte isso a ninguém. Não se explique! Viva isso sem se justificar para os outros.)

      8. Antes de dormir, ler 1 minuto de poesia. É importante que seja 1 minuto, se vc não tiver acabado de lê-la, tudo bem, se já tiver acabado, comece outra e vá até 1 minuto.) . Sugiro aqui: Sophie Calle (colocar no youtube e ver alguma coisa dela por 1 minuto. Sugestão: http://www.youtube.com/watch?v=ZbNzIL6J9po e tb a carta que o marido mandou para ela, se encontra no link da exposição cuide de vc.. Vc tb pode pesquisar mais sobre ela) Clarice Lispector ( O ovo e a galinha ).

      9. Finalizando, fazer o vídeo. Que será um registro de tudo que vc passou durante esse dia. É importante que vc não se prenda nisso. Não pense. o vídeo é apenas um relato que durará 1 minuto.

      10. Postar o vídeo no seu facebook. É importante que isso ocorra, para eu ter esse controle. todo dia eu acompanharei a sua vida. A noite, será o momento de eu saber o que passa com vc.

      Bom, agora vamos a algumas duvidas que possam surgir.

      - Os horários devem ser seguidos corretamente. É legal que vc não pare para fazer o estímulo e sim, insira os na sua vida.
      Como eu consigo rir numa reunião de trabalho?
      - Vc também pode blefar, tudo depende de vc. O jogo está nas suas mãos.
      - É IMPORTANTÍSSIMO que vc não conte as pessoas que vc está fazendo essa performance!!!
      - Vc não deve me procurar durante essa semana, mas eu posso interferir nos seus estímulos via mensagem , email , facebook ou presencialmente.
      - Vc está fazendo parte de um jogo que o resultado só depende de vc!
      - Não esqueça de maneira nenhuma de postar o vídeo no facebook. A única coisa que eu quero que vc faça no vídeo é mostrar a hora que ele começa e a hora que ele acaba. Vc pode falar tb. Qnd começar, dizer a hora (ou cronometrar ou escrever ou mostrar...sei lá qq coisa que diga a hora) e qnd finalizar, a mesma coisa.


      Agora vou para os agradecimentos...rsrs..

      juliana, muito obrigada por topar fazer parte dessa experiencia.
      Tenha certeza que vc sairá desse jogo diferente.

      Vou te ligar agora pra ver se poder dar START amanhã.

      Bom jogo!

    • www.youtube.com
      A exposição inspirada por uma carta. www.sophiecalle.com.br São Paulo Sesc Pompéia De 10 de Julho a 7 de Setembro de 2009 Salvador Museu de Arte Moderna De 2...
  • Juliana Fayet
    9 de Novembro
    Juliana Fayet
    • bom dia, débora!
      antes de tudo, deixe eu te passar meus contatos: 8029-5702 (TIM) e 3256-4436 (de casa mas só estou depois das 10:30)

      Bom, ontem a noite li sua mensagem e já comecei hj com a 1ª tarefa para garantir. Posso continuar?

      consegui ver o video mas não consegui entrar na pagina da internet sophiecalle.com.br, o google nao ta achando.

      bom, se vc achar que posso dar continuidade hj mesmo me avise que eu não te procuro mais

      bjbj

  • Débora Salem
    9 de Novembro
    Débora Salem
    • Oi Juliana, acho melhor começarmos amanhã então, já que vc falou comigo hj e me liga se vc tiver alguma dúvida. ok? ATENçÂO! Os estímulos tem que ser feitos todos em 1 dia. No dia seguinte repetir e assim sucessivamente. Atenção! Os 10 estímulos deverão ser feitos em UM DIA! Outra coisa é,algumas pessoas do mestrados vão te enviar uma solicitação para ser amiga sua no face. pode ser? Vc as aceita? é para elas poderem ter acesso aos seus vídeos tb.
      Te ligo umas 20 horas ok? BEIJÃO

  • Débora Salem
    10 de Novembro
    Débora Salem
    • Juliana, não consegui te ligar, Demos o START hj? Beijo e boa sorte!

  • Débora Salem
    11 de Novembro
    Débora Salem
    • Oi Juliana, não ta dando pra te ligar.. tá foda!srsrs... Então vamos assumir isso? rs. Vamos nos comunicar só por aqui por hora. O que vc acha? Quando vc começar, só me avisa. Ok? Ansiosa.

  • Débora Salem
    • Oi Juliana, desculpa estar te enchendo o saco, mas é pq mandei as mensagens pra vc e vc não respondeu, talvez pq eu mesma tenha pedido isso, mas só queria avisar que é 1 vídeo para cada dia, no total de 7 vídeos, durante uma semana. A idéia é que vc faça 1 vídeo a cada fim do dia. Estou acompanhando seu face.

  • Juliana Fayet
    • oi, débora

    • eu te devo milhoes de desculpas

  • Débora Salem
    • hahahaha

    • ai, achei que vc tava puta comigo

    • hahaa

  • Juliana Fayet
    • to pra te escrever desde anteontem

  • Débora Salem
    • desculpas nada

  • Juliana Fayet
    • no dia seguinte eu comecei a ter muitos problemas com o meu filme

    • até roubada fui

  • Débora Salem
    • meu deus

  • Juliana Fayet
    • chegava quase de manha em casa

    • pois é

    • roubaram um equipamento

  • Débora Salem
    • putz

  • Juliana Fayet
    • foi um estresse mas ja ta tudo certo

    • mas amanha eu começo de novo

  • Débora Salem
    • vc acha que vc consegue fazer de hj até quarta que vem?

  • Juliana Fayet
    • eu adorei fazer

  • Débora Salem
    • blz

    • eu amei seu vídeo

  • Juliana Fayet
    • mas vc viu minha cara?

    • mooorta de cansada

  • Débora Salem
    • achei isso ótimo

  • Juliana Fayet
    • hahaha

    • aí vou fazer os 7 dias direto, ok?

  • Débora Salem
    • qto mais vc conseguir confrontar os estímulos com a sua vida, com o seu dia a dia, será mais interessante pra gente

    • blz!

    • fica tranquila

  • Juliana Fayet
    • achei o projeto ótimo

    • e apliquei varias vezes a parte d respirar fundo durante 1 min

  • Débora Salem
    • q bom, cara...to adorendo fazer tb, e qnd acabar a gente tem que tomar uma cerveja

    • rs

  • Juliana Fayet
    • sim sim!

  • Débora Salem
    • imagino, depois de ser roubada então

  • Juliana Fayet
    • pois é..

    • mas entao combinado

    • amanha retomo

    • e pode deixar q vou ter mais coisa por aí... minha vida nao pára nunca!!

  • Débora Salem
    • então combinado. Amanhã o start será dado.

    • boa sorte!

  • Juliana Fayet
    • obrigada, querida

    • bjbj

  • Débora Salem
    • beijão

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PAUSA CANÇÃO

Para a 3ª performance sorteei a Ana Rowe, indicação de Claudia Mele. Claudia me informou que ela possuia uma marca de roupas, por volta de 50 anos, e trabalha em seu ateliê no Edifício Odeon.

A princípio pensei em não contactá-la, pegar mais informações com a Claudia e performar realizando intervenções sonoras no ambiente de trabalho dela, sem que ela soubesse que se tratava de uma performance. No entanto, achei mais interessante entrar em contato e ver como se daria o diálogo com uma pessoa que não trabalha com arte. Infelizmente após o contato soube que ela ficaria uma semana fora, e retornaria justamente em uma data em que eu viajaria, ficando fora também uma semana. Estava quase consolado em ter que performar a partir da impossibilidade do encontro, quando soube que minha viagem havia sido cancelada.

No dia em que ela retornou entrei em contato novamente para que pudessemos nos encontrar. Ela no entanto tinha uma disponibilidade de horário muito pequena, pois graças a sua viagem possuia muito trabalho acumulado e os nossos horários quase não batiam. No domingo (06/11), ela me enviou um e-mail dizendo que um cliente havia desmarcado na segunda-feira, e que poderíamos usar esse horário para nos encontrar. Prevendo que seria muito difícil marcar um outro encontro além desse, pedi a ela que me falasse um pouco do seu gosto musical. Ela me disse que gostava de muitas coisas mais citou Lupicínio Rodrigues e Jovem Guarda. Na segunda-feira, imprimi algumas letras dos artistas que ela citou e levei para o nosso encontro. O intuito era que, nessa pequena pausa que ela teria, nós pudessemos aproveitar para cantar músicas que nós gostassemos, e nos desligar um pouco do ritmo corrido do dia-a-dia. Foi o que fizemos, “ensaiamos” algumas musicas e gravamos.

http://soundcloud.com/matheus-rebelo/sets/ana-rowe-e-matheus-rebelo

Essa experiência me lembrou a música A Banda de Chico Buarque (uma das que cantamos), onde uma banda passa, muda a rotina da cidade, muda o humor das pessoas, e depois vai embora e tudo volta a ser como era antes. Em A Afinação do Mundo, Murray Schaffer afirma que a música é a construção de uma paisagem sonora ideal, em contra-ponto à paisagem sonora congestionada das cidades após a revolução industrial. Na canção de Chico Buarque, a banda é um amortecimento no ritmo e na polifonia da cidade. Assim senti minha performance com a Ana.

Um dos escritos enviados

Ta bom, já me aborreci demais hoje Minhas lembranças dos enganos mal sucedidos Das desrespeitosas intrusões Dissimulações Maldades egóicas Preguiça de ser feliz Ta querendo me matar com a unha? Hoje te sinto meu inimigo O que em mim mudou? São minhas lembranças que não me deixam Seu desamor Falta de cuidado Falta de escrúpulo Como me submeti tanto? Por que isso? Por que juntos outra vez? Caminho arrastado Ta atado Desbaratinado Sinto zanga Sinto apego Não me sinto Tenho que cuidar... Carreguei sozinha Continuo carregando Arrastando Asfixiando... Eu vi carinho em ventres que não era o meu O que eu tinha era imaginação Eu senti mexer Chutar Soluçar Sem dividir Ainda estou sem dividir Ele veio e você não viu Não quis Não fez questão... Como me aborreço quando está longe Longe da realidade Longe de perceber Me entrelaçou Arrebatou E continua Sem pudor Sem perdão Estou lendo a bastarda Me senti como quem carrega um erro Ainda não reparado... Sem aceitação O meu amor amado Sem consentimento Eu passava pelas ruas Sem ninguém me segurar as mãos Qual é o leão que aceita o filhote de outro macho? Essa mancha ta em mim Nada pode apagar Uma bastardia intrínseca Carrego essa marca Esse traço de rejeição do meu amor amado Meu sangue abandonado E a volta pra casa? Você jamais poderá saber o desassossego Uma criança te olhando e você olhando sozinha Aquele amor te pedindo e você sugada Ainda carrego essa marca Eu assumo o lugar Eu sou a bastarda Meu filho santo A puta sou eu Que nunca doa nele Me deixe em segredo essa dor Que pra ele seja lindo Como uma verdade do coração “eu quero a felicidade, se possível a verdade” Quando lembro disso te execro

Impregnar

Passei dias mandando emails com os meu escritos - são meus gritos silenciosos- Tenho a pratica de de escrever o que não consigo dizer. Fiquei enviando os meus gritos para Amanda até o dia do encontro. Almoçamos juntas, ela me ajudou a cuidar do meu filho, me indicou um pscicanalista e me ajudou a construir dois movimentos Um chamado - solidão - o que ela sentiu nos meus escritos E o outro chamado - intensidade - pela forma como vivo Eu fazia os movimentos para que ela invocasse a sensação, durante uma tarde cinza no parque das ruínas
Andreia, Pensei bastante em nossa conversa e como passar para o papel essa experiência. Decidi deixar os sentimentos falarem, sem forma, sem "enquadramento", termo que vc usou várias vezes quando conversamos. Segue abaixo: Re-NASCER "O outro é um vazio (a ser ocupado? Pode ser preenchido? ) O outro é platéia ou palco? Não sei Depende do olhar que joga para nós Depende do papel que representamos juntos ou um para o outro Acima de tudo (é preciso não esquecer): O outro é alguém como nós representando seu papel no palco da vida Nem sempre escolhemos o que iremos representar Mas podemos escolher como vamos (representá-lo) Aplaudidos ou não, nem sempre isso importa O IMPORTANTE, O ESSENCIAL é saber que é apenas uma representação. Que o melhor de nós, nossa parte mais sincera, mais real, só a nós pertence E papel nenhum, Nunca palco, Jamais platéia alguma pode ou poderá roubar." Espero ter contribuído de alguma forma no seu trabalho. Bjs Amanda

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CADÊ O CHEF?

Registro (talvez provisório) do 3º experimento performático ( ou de não-performance)proposto por esta disciplina – Eu, Alissan, e uma pessoa não ligada à performance, indicado por um companheiro de turma e escolhido por sorteio.
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Retirei o papelzinho com o nome MARCELO, seu número de telefone celular e o nome da parceira de turma que o indicou –Andreia Evangelista. Andreia me contou que ele era chef de cozinha e que assim que chegasse em casa ligaria para ele e o avisaria de que seria convidado para uma experiência performática. No espaço de uns três dias liguei para ele e me apresentei como colega de turma de sua amiga Andreia, que o havia indicado para um trabalho. Perguntei se ele topava e, a princípio, meio receoso,disse que precisava saber o que era. Tentando convencê-lo disse-lhe que não me sentia confortável em fazer uma proposta sem conhecê-lo, mas que não era nada de outro mundo, que na performance não necessariamente existia uma fronteira rígida entre arte e vida e que podíamos fazer algo dentro de nossas rotinas. Ele me falou um pouco de seus horários e rotina e eu um pouco da minha. Finalizando a ligação ele combinou que me retornaria. Não retornou e eu liguei para ele alguns dias depois já pensando em uma proposta básica. Como ele me disse que às terças costumava fazer umas compras e está mais livre, propus de ser uma assistente nestas compras e que levaria uma máquina fotográfica ou câmera para registrar, e inspirada pela leitura de Produção de Presença de Gumbrecht, deixar as coisas acontecerem para o dia ser perfeito. Ele demonstrou entusiasmo e combinamos que na segunda no final da tarde eu ligaria para combinarmos os detalhes de horário e ponto de encontro. Segunda o contato foi feito e marcamos para terça (o dia seguinte) às 9 da manhã e sobre o local ele me ligaria na própria terça às 8h para dizer onde. O dia de terça-feira -08/11/11- das 8 às 10 horas você vê acessando o link abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=2CFHTPjhBwQ&feature=feedu

No dia seguinte o que você viu neste vídeo foi a performance que pôde ocorrer. Apesar do anseio de efeitos de presença ganhei um bolo. Já que isso foi o que aconteceu, decidi aproveitar aquela duas horas de espera. A angústia de ficar controlando o tempo (Será uma relação temporal típicamente hermenêutica? rsrsrsrs)me causou sensações estranhas ... Eu sabia que nada demais ia acontecer se ele não ligasse, mas a mão suava...tinha aquele “bololô” no estômago de mansinho...Fiquei com a câmera na mão achando que todos estavam reparando em mim: sozinha-com-uma-câmera-na-mão. Imagina se em pleno jardim do CLA da Unirio isso seria realmente algo estranho acontecendo? Mais ou menos às 10:30 decidi parar de esperar o telefonema e fui retomar meus afazeres cotidianos: tomar café na padaria e pagar contas.Resolvi deixar as coisas acontecerem (exercício muito difícil para mim) e se fôr para acontecerem desdobramentos desta ,talvez, “ não-performance” elas acontecerão.