quinta-feira, 27 de outubro de 2011

AO (não) SOM DO DIDGERIDOO! - Federico Diaz Baigorria e Paula Vilela

A experiência desta segunda Performance foi bem legal. Conheci o Federico depois do sorteio. Logo no início da nossa conversa ele disse que tocava Didgeridoo e que gostaria que isso fizesse parte da nossa experiência.

Decidimos fazer uma Performance em que ele tocasse o instrumento enquanto eu desenvolveria movimentos corporais para aquele som. Percebemos em seguida que seria mais do que isso, já que contaríamos com a possibilidade de, em algum momento, essa relação se misturar, e o corpo levar o som, assim como o som levar o corpo.

Passei a semana escutando sons de Didgeridoo.

No dia marcado, fui mais cedo para a UNIRIO, para aquecer e me preparar. O tempo foi passando e o Fede não apareceu...

Pensei que talvez ele tivesse esquecido, e não conseguia saber notícias dele, porque ele não possuía celular.

Com o tempo correndo, pensei: “Bom, não teremos mais a possibilidade de agendar sala pra essa semana... Quer saber, a Performance já aconteceu! Eu passei a semana toda entrando em contato com algo que não conhecia direito, me entretendo, me interessando. O próprio contato com a proposta do Fede já tinha acionado nossa Performance!”

Decidi então começar a desenvolver algumas lembranças sobre o que eu já tinha ouvido e sobre o que eu imaginava poder ser aquela música que ele tocaria.

Em silêncio comecei a desenvolver movimentos para aquele Didgeridoo imaginário!...

Consegui falar com o Fede depois... Ele havia errado o endereço da UNIRIO, tinha ido parar em um lugar bem longe dali, perto do Maracanã...

Ele propôs que inseríssemos o som do seu Didgeridoo no vídeo. Achei super legal.

O resultado ficou interessante. De início, eu assistia ao vídeo e ficava procurando pontos de encontro entre meu corpo e o som dele. No entanto, percebi que se tratava realmente de uma Performance que fala de desencontro, apesar de ter sido para mim, uma ótima oportunidade de encontro sonoro e proposta corporal.


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