quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um dos escritos enviados

Ta bom, já me aborreci demais hoje Minhas lembranças dos enganos mal sucedidos Das desrespeitosas intrusões Dissimulações Maldades egóicas Preguiça de ser feliz Ta querendo me matar com a unha? Hoje te sinto meu inimigo O que em mim mudou? São minhas lembranças que não me deixam Seu desamor Falta de cuidado Falta de escrúpulo Como me submeti tanto? Por que isso? Por que juntos outra vez? Caminho arrastado Ta atado Desbaratinado Sinto zanga Sinto apego Não me sinto Tenho que cuidar... Carreguei sozinha Continuo carregando Arrastando Asfixiando... Eu vi carinho em ventres que não era o meu O que eu tinha era imaginação Eu senti mexer Chutar Soluçar Sem dividir Ainda estou sem dividir Ele veio e você não viu Não quis Não fez questão... Como me aborreço quando está longe Longe da realidade Longe de perceber Me entrelaçou Arrebatou E continua Sem pudor Sem perdão Estou lendo a bastarda Me senti como quem carrega um erro Ainda não reparado... Sem aceitação O meu amor amado Sem consentimento Eu passava pelas ruas Sem ninguém me segurar as mãos Qual é o leão que aceita o filhote de outro macho? Essa mancha ta em mim Nada pode apagar Uma bastardia intrínseca Carrego essa marca Esse traço de rejeição do meu amor amado Meu sangue abandonado E a volta pra casa? Você jamais poderá saber o desassossego Uma criança te olhando e você olhando sozinha Aquele amor te pedindo e você sugada Ainda carrego essa marca Eu assumo o lugar Eu sou a bastarda Meu filho santo A puta sou eu Que nunca doa nele Me deixe em segredo essa dor Que pra ele seja lindo Como uma verdade do coração “eu quero a felicidade, se possível a verdade” Quando lembro disso te execro

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